Quick Peep - Love Session
Você admira aquela estrela por ser como é. Segurá-la está fora de alcance agora.
Parte inteiramente pessoal do blog. Não leiam.
Apenas um mês de férias do trabalho e foi o suficiente para um deslize. E não, deslizes não são ruins, apenas nos tiram a razão.
Anos passam e a tendência é tratar tudo a minha volta como coisa comum. Sei que não passo por isso sozinho. É como um mal do século mas, não tão fácil de rotular, é o mal que eu enfrento em mim mesmo.
Abandonei as antigas agendas na esperança de não classificar mais os dias como mais ou menos importantes. Criei um blog para contar fatos, na tentativa de reprimir sentimentos que não interessavam a mais ninguém senão a mim mesmo. Afinal, para quê comprar aqueles livros grossos, em branco, sabendo que alguns dias, talvez semanas, serão bem prolixos enquanto outros não deixarão nada registrado.
Apesar disso, há e sempre haverá épocas na vida em que tantas coisas acontecem e tão intensamente que, se não me expressar de alguma forma, ou enlouqueço ou adoeço. Na pior das hipóteses, nem uma nem outra coisa: deixo passar e vou perdendo a capacidade de sentir.
Foi o janeiro mais intenso e especial que poderia ter. Sem arrependimentos, somente pelo que sinto agora, enquanto escrevo.
Dia 19, segunda-feira, quase fim do mês, 22h48min. Estou de mudança para outra cidade daqui a dois dias e deixando tudo o que vi crescer para trás.
Escrevo um texto para auto-esclarecimento:
Exatamente, me deixei levar e, como se diz por aí: me apaixonei, sim.
Mas será mesmo a palavra certa?
Como sempre são só palavras. E há palavras para tudo o que queremos ressaltar. Dias sem pensar, noites sem dormir, falta de apetite e de concentração. Drogas de músicas com letras melosas que começam a fazer sentido, mostrando enfim por que vendem tanto...
É ótimo ser humano e sentir, mas chamem como quiser, a paixão eu chamo doença.
Não é uma idéia minha. O psiquiatra e psicanalista Rubens Coura já disse em entrevista na Isto é online: "O amor não é instantâneo e brutal como a paixão. É sempre bilateral e se desenvolve com contato, admiração pelas qualidades, perdão pelos defeitos. Amplia as coisas. Quando duas pessoas se amam, costumam alargar o círculo de amigos, de interesses. Elas evoluem em suas profissões, estudam mais. Na paixão, não. Só querem um ao outro. Mas o amor tem algo da paixão. Afinal, paixão é como uma prévia do amor. Não no sentido de se transformar em amor. Isso é raríssimo."
Não que eu concorde com qualquer definição sobre o amor que alguém possa dar por aí, mas Dr. Rubens continua: "O amor pode terminar em amizade. A paixão não. O apaixonado passa a odiar, a desprezar o objeto da paixão. É o sentimento às avessas.", "Em larga medida, é como uma doença inevitável, como as dores do crescimento. Quando se cresce, sente-se dor em várias articulações. A paixão é uma dor psíquica de crescimento."
Ufa... então, contrariando toda a lógica do texto e mesmo o que eu acabei de dizer, não era paixão e sim admiração. Quase amor, certo?
Mais uma vez não tenho a intenção de compartilhar com ninguém o que estou sentindo (claro que tenho, ou não publicaria isto...), ciente de que continuarei ignorado e vou aprender a me divertir com isso também.
Alguém que tenha dito antes: "ame ou deixe", talvez deveria acrescentar que, às vezes, amar pode ser justamente deixar ir.
Ou é só um nome que se dá a uma coisa que nem cabe num ser humano.
Vou descobrir um dia, mas agora tenho mais o que fazer...
- Tipo o quê, cara?
- Sei lá... aprender a Nova Ortografia, talvez...
- Você pensa demais.
PS.: Um dia depois, ao revê-la sem esperar, vi todas as minhas concepções filosóficas desaparecerem.De qualquer forma é inútil nutrir um sentimento por alguém que está longe de mim agora.
Mas deslizes não são ruins, apenas nos tiram a razão.
Parte inteiramente pessoal do blog. Não leiam.
Apenas um mês de férias do trabalho e foi o suficiente para um deslize. E não, deslizes não são ruins, apenas nos tiram a razão.
Anos passam e a tendência é tratar tudo a minha volta como coisa comum. Sei que não passo por isso sozinho. É como um mal do século mas, não tão fácil de rotular, é o mal que eu enfrento em mim mesmo.
Abandonei as antigas agendas na esperança de não classificar mais os dias como mais ou menos importantes. Criei um blog para contar fatos, na tentativa de reprimir sentimentos que não interessavam a mais ninguém senão a mim mesmo. Afinal, para quê comprar aqueles livros grossos, em branco, sabendo que alguns dias, talvez semanas, serão bem prolixos enquanto outros não deixarão nada registrado.
Apesar disso, há e sempre haverá épocas na vida em que tantas coisas acontecem e tão intensamente que, se não me expressar de alguma forma, ou enlouqueço ou adoeço. Na pior das hipóteses, nem uma nem outra coisa: deixo passar e vou perdendo a capacidade de sentir.
Foi o janeiro mais intenso e especial que poderia ter. Sem arrependimentos, somente pelo que sinto agora, enquanto escrevo.
Dia 19, segunda-feira, quase fim do mês, 22h48min. Estou de mudança para outra cidade daqui a dois dias e deixando tudo o que vi crescer para trás.
Escrevo um texto para auto-esclarecimento:
Exatamente, me deixei levar e, como se diz por aí: me apaixonei, sim.
Mas será mesmo a palavra certa?
Como sempre são só palavras. E há palavras para tudo o que queremos ressaltar. Dias sem pensar, noites sem dormir, falta de apetite e de concentração. Drogas de músicas com letras melosas que começam a fazer sentido, mostrando enfim por que vendem tanto...
É ótimo ser humano e sentir, mas chamem como quiser, a paixão eu chamo doença.
Não é uma idéia minha. O psiquiatra e psicanalista Rubens Coura já disse em entrevista na Isto é online: "O amor não é instantâneo e brutal como a paixão. É sempre bilateral e se desenvolve com contato, admiração pelas qualidades, perdão pelos defeitos. Amplia as coisas. Quando duas pessoas se amam, costumam alargar o círculo de amigos, de interesses. Elas evoluem em suas profissões, estudam mais. Na paixão, não. Só querem um ao outro. Mas o amor tem algo da paixão. Afinal, paixão é como uma prévia do amor. Não no sentido de se transformar em amor. Isso é raríssimo."
Não que eu concorde com qualquer definição sobre o amor que alguém possa dar por aí, mas Dr. Rubens continua: "O amor pode terminar em amizade. A paixão não. O apaixonado passa a odiar, a desprezar o objeto da paixão. É o sentimento às avessas.", "Em larga medida, é como uma doença inevitável, como as dores do crescimento. Quando se cresce, sente-se dor em várias articulações. A paixão é uma dor psíquica de crescimento."
Ufa... então, contrariando toda a lógica do texto e mesmo o que eu acabei de dizer, não era paixão e sim admiração. Quase amor, certo?
Mais uma vez não tenho a intenção de compartilhar com ninguém o que estou sentindo (claro que tenho, ou não publicaria isto...), ciente de que continuarei ignorado e vou aprender a me divertir com isso também.
Alguém que tenha dito antes: "ame ou deixe", talvez deveria acrescentar que, às vezes, amar pode ser justamente deixar ir.
Ou é só um nome que se dá a uma coisa que nem cabe num ser humano.
Vou descobrir um dia, mas agora tenho mais o que fazer...
- Tipo o quê, cara?
- Sei lá... aprender a Nova Ortografia, talvez...
- Você pensa demais.
PS.: Um dia depois, ao revê-la sem esperar, vi todas as minhas concepções filosóficas desaparecerem.De qualquer forma é inútil nutrir um sentimento por alguém que está longe de mim agora.
Mas deslizes não são ruins, apenas nos tiram a razão.
Vc nos fez cometer deslizes...
ResponderExcluirhmmm, perto demais.
ResponderExcluirAlguém ainda lê este blog :)
O que vc falo realmente faz sentido e além do mais foi bem profundo! Assustador comecei a pensar de mais, não que eu já não pense d+! x.x
ResponderExcluirHmmm, dois comentários!
ResponderExcluirAcho que vou ser mais frequente ao usar amor como tema.
Obrigado pela atenção, Bia. Mais uma vez!