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E lá Vou eu de novo tentar por profundidade demais numa postagem de blog. Chatos passam boa parte do seu tempo sendo chatos...
20 de março, minha data egocêntrica do ano. Meu aniversário.
Alguns podem dizer que é o dia em que você pode saber se é amado medindo isso pela quantidade de pessoas que se lembram. Mas quantas vezes esquecemos das datas, pessoas e coisas mais importantes para dar atenção a outras de menor valor?
Desde 2007 este dia tem servido para mim como um dia de revisão de conceitos e mudanças de atitude. Uma faxina mental. Não é o que eu sei ou tenho acumulado. Não é o que eu aprendo. Sou como todos os outros seres humanos, cheio de dúvidas e inseguranças, sonhos ruindo, amigos distantes, complexos paralisantes... Desta vez descobri que tenho muito o que desaprender. Um caminho anormal mas que pretende ser recompensador.
Esta semana eu desci um pouco mais e encontrei o sofrimento. Talvez não a agonia total, mas o sofrimento que é comum a todos. Seja a frustração, o desapontamento ou a Crise Econômica Mundial. Todos estamos fragilizados e amedrontados a maior parte do tempo e por uma pilha de motivos.
Cheguei a pensar em desistir de tudo em que acredito. Desistir de sonhos, relacionamentos. Mas foi bom experimentar e não me proteger de nenhuma emoção humana.
Sei que o mundo não vai melhorar. É preciso ser muito ingênuo para se acreditar nisso contra todas as provas. Muito pelo contrário, deve piorar a cada dia mas isso não quer dizer que precise ser um inferno diário. Pelo menos dá para se fazer alguma coisa a respeito do ambiente ao redor, meu círculo de convivência ou mesmo tornar menos amarga a vida de um desconhecido por algum tempo.
Descobri que o que há de mais importante, o que se deixa e o que se leva é o que foi investido em pessoas. Todo o resto parece sem significado.
Agora estou aqui e me sinto leve demais apesar de tudo.
A partir deste outono quero comemorar cada dia e momento por pior que seja como o momento em que estou vivo de verdade e me permitir tornar-me a melhor pessoa que conheço para poder doar isso também! Há pessoas tristes demais, pessoas sérias demais, frias demais o tempo todo e não quero acabar assim.
Por mais vezes que o habitual resolvi tirar os fones do ouvido e ouvir a vida ao redor. Olhar nos olhos, não por cima dos ombros. Me abaixar e realmente ouvir o que minha sobrinha de 3 anos tinha a dizer. Falar com ela. Não para ela ou através dela.
Vi que as pessoas podem se ajudar mesmo tendo o peso de seus próprios problemas. Me deixei ser ajudado. Tive o apoio de uma irmã, e Deus sabe o quanto eu precisava. Visitei amigos que podiam me dar do seu tempo e apenas se sentar ao meu lado em silêncio para ver um filme qualquer. Outros que me conhecem a tão pouco tempo, ainda assim fizeram o possível para não deixar passar este dia em branco.
Se a vida é mesmo feita de momentos afinal, e momentos que não voltam nunca. Se as coisas não tem sentido em si mesmas, se nós é que damos sentido a elas, ainda vale a pena reconstruir do zero sempre que for preciso.
O outono chegou. Minha estação preferida. Aliás, meia-estação. Intermediária. Me faz pensar sobre muitas coisas e sobre o que eu sou. Talvez mediano, inconsistente, inconstante, indeciso. Ou nem uma coisa nem outra, só humano como todo mundo que eu conheço.
Não escrevam o que eu digo. Posso não cumprir nada do que disse aqui.
São só palavras soltas. Mas tenho a certeza de que vou me lembrar de já tê-las registrado. E que foi no dia 20 de março de algum ano...
Oi André... tentei fazer uma surpresa mas num deu, leia o scrap que deixei p/ vc, que vai entender...
ResponderExcluirBom o q tenho a dizer não deve fazer muita diferença mas... sendo ou não uma data importante, demostrando ou não, vai ter sempre mais de uma pessoa que vai lembrar de vc, e pode ter certeza que uma dessas pessoas vai ser eu.
fico lisonjeado n_n
ResponderExcluirobrigado, Bia.