Ruminante

Às vezes é como se eu nunca tivesse entendido nada inteiramente, aprendido nada completamente. É como se meus esforços resultassem sempre em coisa efêmera, castelos de cartas.

O que era para ser um dia inteiro cheio de criatividade, tornou-se um amontoado de atividades estacionárias. Como um sonho onde se tem a idéia de estar fazendo alguma coisa e logo percebe-se que nem se abriram os olhos.

Coisas que valorizamos e não têm valor em si mesmas. Listas de coisas a fazer, coisas a começar, empreendimentos deixados pela metade. Nenhum retorno aparente, nenhum ganho a curto prazo.

Corridas em círculos, autosabotagem. Momentos de fraqueza encobrindo aos poucos, por completo, um alvo móvel que já não está lá e que, se ainda puder ser visto em algum momento, não faz mais sentido.

A impressão que se tem é que não há estímulos externos suficientes para superar o tédio e a confusão que se causou de dentro para fora.

Com sorte será um daqueles problemas que desaparecem com a manhã, mas frustrações - não devo esquecer - começam sempre com expectativas.

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