Laisse pisser

Cada vez que visito os lugares de onde saí, sou confrontado pelo que já fui um dia ou mesmo por pessoas que têm de mim uma imagem congelada do que eu era quando parti.
O mesmo acontece dentro da minha cabeça: meus amigos não são mais exatamente como eram quando os deixei. Afinal, todo mundo tem que buscar seu lugar na história, uns de forma previsível, outros seguindo por caminhos incertos. Alguns parecem que estarão para sempre onde os deixamos, outros talvez não vejamos nunca mais.

O fato é que ao ver o que os outros se tornaram, me sinto obrigado a por em xeque minhas próprias escolhas: que coisas tive de sacrificar e se valeu a pena. Se afastei de mim o que era mais importante para ganhar coisas inúteis.
Sempre acreditei que, em se tratando de seres humanos, pouquissimas coisas devem permanecer imutáveis. Algumas podem ser refeitas, muitas vão se perder para sempre. De qualquer forma não posso viver mais que um dia de cada vez e fazer melhor agora o que não fiz antes.


É uma situação do tipo "cíclica redundante" que eu sempre acabe descrevendo o mesmo assunto por um novo ângulo nessas voltas de viagens (ou de conflitos existenciais). O tipo de postagem que ninguém lê ou comenta mas deixo aqui como um marco do que algum dia teve importância. Em pouco tempo saberei o que sou e o que quero - para logo depois esquecer.

Comentários

  1. Seja lá o que estiver acontecendo as coisas se arrumam no momento certo...ou não...brincadeira! XD

    Se cuida!

    bjs!

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... e agora você me diz o que pensa (ou comenta sem pensar, mesmo):

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